quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Os Melhores Álbuns de 2009

Demorou mas chegou. 1 The Horrors - Primary Colours 2 A.A. Bondy - When The Devil's Loose 3 Animal Collective - Merriweather Post Pavilion 4 Phosphorescent - To Willie 5 Idlewild - Post Electric Blues 6 Mumford & Sons - Sigh No More 7 The Twilight Sad - Forget the Night Ahead 8 The Mary Onettes - Islands 9 Great Lake Swimmers - Lost Channels 10 Grand Salvo - Soil Creatures

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Hot Chip - One Life Stand (2010)

Com o certo sucesso comercial de canções como Ready For The Floor, Hold On e Shake A Fist o antecessor de One Life Stand, Made in the Dark, não fez feio. Mas foi somente com o próprio One Life Stand que o Hot Chip conseguiu fugir da previsibilidade e monotonia sonoras para nos apresentar um álbum promissor, de identidade própria.
Sobre o novo trabalho do grupo paira uma abordagem mais reflexiva que convida não para a dança mas para a necessidade da volta de conceitos mais puros e ininteligíveis e que não significam necessariamnete algo pronto para uma pista de dança. A faixa “Brothers”, por exemplo, tem uma batida quase transcendental, algo puro e bonito, simples e melancólico...um hino á camaradagem.
“Thieves in the Night” começa com um batidão seco, suspenso e etéreo até desembocar numa “explosão” de movimentos, tornando-se bem gostosa de ser escutada letra por letra ou devorada pelos mais ansiosos. “I Feel Better” é a faixa duas caras do disco, tem todo aquele jeitão manjado de música de boate GLS mas acaba fugindo da previsibilidade com um refrão maravilhoso e batida hipnótica.
“Slush” é estranha. Meio cântico indiano, meio música natalina, meio serenata ou canção para dormir, Alexis Taylor (vocal) parece estar fazendo um desabafo, um lamento por um coração partido e é então que a canção toma forma e descobrimos que a missa fúnebre é inevitável e fazemos um minuto de silêncio. “Alley Cats” é jovem e descompromissada e pode ser classificada como uma baladinha que agrada aos ouvidos. “Take It In” é dark, pesada e arrastada até certo ponto, depois é pura energia vibrante...para cair de boca na balada!
“Hand Me Down Your Love” é puro chiclete e o refrão não para de batucar na cabeça. A canção que nomeia o álbum, “One Life Stand”, liberada previamente ao lançamento do disco, é puro synth pop e não chega necessariamnete a contagiar de imediato o ouvinte, mas quem é que consegue ignorar o refrão? Ouça o disco agora mesmo e tire suas próprias conclusões.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

These New Puritans - Hidden (2010)

Nada melhor que começar o ano ouvindo o novo disco dos These New Puritans, batizado Hidden, sob o espectro de "We want War", primeiro single e video liberado há pouco tempo no YouTube, esse grupo oriundo da Inglaterra mostra que não está para brincadeira. O que eles querem, de fato, é guerra!
Símbolos ao invés de palavras nos nomes das músicas? Misticismo e barulhos da natureza? Nada disso!
Ao contrário de Beat Pyramid, o disco anterior, Hidden é um impulso de épico desbravamento sonoro, uma centelha de latente rebelião. Do começo ao fim, cada faixa é grande, literalmente. Grande em cada orquestração e livre de sentidos iconoclastas exceto pela aparente adoração do combate. São os These New Puritans versus os seus ouvidos.
E se nesta resenha/ interpretação livre ainda me for permitido ir mais além, digo que Hidden é uma ópera mitólogica, um cântico de adoração a Ares, deus da guerra e sinônimo de impulsividade. É a banda/ exército conquistando e deixando-se conquistar por onde passa; inclusive pelas passarelas de moda.
Aos seus lugares. Atacar! Recuar! Vencer ou morrer...
E, aos incautos um aviso: antes de embarcar em Hidden, treinem seus ouvidos, vistam uma farda, engatilhem as pistolas e que vença o melhor. Sair ileso dessa batalha ou não nem você, amigo leitor, poderá decidir. E posso assegurar que a mim esses puritanos conseguiram conquistar. Louvado segundo disco!