Com o certo sucesso comercial de canções como Ready For The Floor, Hold On e Shake A Fist o antecessor de One Life Stand, Made in the Dark, não fez feio. Mas foi somente com o próprio One Life Stand que o Hot Chip conseguiu fugir da previsibilidade e monotonia sonoras para nos apresentar um álbum promissor, de identidade própria.
Sobre o novo trabalho do grupo paira uma abordagem mais reflexiva que convida não para a dança mas para a necessidade da volta de conceitos mais puros e ininteligíveis e que não significam necessariamnete algo pronto para uma pista de dança. A faixa “Brothers”, por exemplo, tem uma batida quase transcendental, algo puro e bonito, simples e melancólico...um hino á camaradagem.
“Thieves in the Night” começa com um batidão seco, suspenso e etéreo até desembocar numa “explosão” de movimentos, tornando-se bem gostosa de ser escutada letra por letra ou devorada pelos mais ansiosos. “I Feel Better” é a faixa duas caras do disco, tem todo aquele jeitão manjado de música de boate GLS mas acaba fugindo da previsibilidade com um refrão maravilhoso e batida hipnótica.
“Slush” é estranha. Meio cântico indiano, meio música natalina, meio serenata ou canção para dormir, Alexis Taylor (vocal) parece estar fazendo um desabafo, um lamento por um coração partido e é então que a canção toma forma e descobrimos que a missa fúnebre é inevitável e fazemos um minuto de silêncio. “Alley Cats” é jovem e descompromissada e pode ser classificada como uma baladinha que agrada aos ouvidos. “Take It In” é dark, pesada e arrastada até certo ponto, depois é pura energia vibrante...para cair de boca na balada!
“Hand Me Down Your Love” é puro chiclete e o refrão não para de batucar na cabeça. A canção que nomeia o álbum, “One Life Stand”, liberada previamente ao lançamento do disco, é puro synth pop e não chega necessariamnete a contagiar de imediato o ouvinte, mas quem é que consegue ignorar o refrão? Ouça o disco agora mesmo e tire suas próprias conclusões.
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