segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fyfe Dangerfield – Fly Yellow Moon (2010)

Fly Yellow Moon é um álbum que, se não for considerado o melhor do ano, pelo menos deveria ser contemplado como o mais bonito e sincero. Da primeira á última faixa, todas as canções são como se fossem pequenos singles de si mesmos, tamanha sua capacidade de maravilhar e emocionar. Fyfe Dangerfield é uma espécie de Damien Rice e Beatles em seus dias mais ensolarados. O álbum começa com “When you walk in the room”, uma baladona gostosíssima que convida a dançar. O refrão é meio aquele frenesi que experimentamos no debut do MGMT e Vampire Weekend. Pura energia! Na segunda faixa, “So brand new”, encontramos um tom meio confessional, mais voltado á contemplação numa levada hipnótica e melancólica. “Barricades” vem logo depois, ainda mais introspectiva e triste; digna dos melhores momentos do meu seriado favorito, The O.C. Quem é fã sabe como é. Esta faixa é para àquelas horas de solidão, quando você discutiu com o namorado ou com o melhor amigo e se encolhe todo na cama, procurando não pensar em nada, procurando não sofrer... E pode apostar que com essa canção você estará em ótima compainha. “High on the tide” é bem Beatles, não sei por que, talvez seja aquela energia renovadora que sentimos ao escutar as melhores canções do grupo de Liverpool; o modo como a canção é conduzida tem lá muito de seu charme baseada numa jovialidade espetacular e nos assobios ao longo da canção. “Live Wire” é a baladinha mais gostosa do ano; ouça e comprove. “Firebird” é outra que me lembra algo ao estilo “The Beatles de ser”. Já “She needs me” é um hit bem radiofônico daqueles que fariam sucesso como trilha sonora de algum filme; o refrão é realmente esmagador! “Dont be shy” é bem ao estilo melancólico de Nick Drake. Finalmente, a última faixa desse abençoado disco – “Any direction”, fecha com chave de diamante essa obra prima com suas solares batidas e refrão pegajoso.

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