sábado, 5 de dezembro de 2009
Albums of the Year 2009 - daKradha's Indie Rock Playlist
Para quem conhece o Torrentz e sabe do que estou falando, o daKradha's Indie Rock Playlist lançou em sua playlist desse mês uma lista dos álbuns do ano na opnião de seu realizador. Há álbuns que concordo e outros nem tanto. Seja como for, a lista ficou assim:
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Animal Collective - Fall Be Kind EP (2009)
Depois do super elogiado Merriweather Post Pavilion, que está entre os melhores do ano e da década, quem diria que o Animal Collective, conseguiria lançar algo que, na minha opinião, ultrapassa o disco anteriormente citado?
O responsável por essa façanha se chama Fall Be Kind, um EP de 5 faixas, mas que valem por um Merriweather Post Pavilion inteiro!
Sim, eu diria faixas um pouco mais sombrias do que de costume e mais densas do que realmente parecem ser. Complicado e inacessível? Quem sabe!
Toda a alegria ficou para trás e ainda há resquícios de uma psicodelia insistente. Agora o que se percebe é uma sonorização quase estérea, clima arrastado, quase um mantra, um chamado para o despertar da alma ou uma saudação de bom dia servem para descrever a faixa 'Bleed'. E a ela se seguem 'On A Highway' e ' I Think I Can', ambas com um quê de cânticos tribais e passagens futuristas.
A faixa que abre o EP, 'Graze', é como um tapa na cara. Ela parece dizer: "Acorde, isso não é uma continuação ensolarada do Merriweather Post Pavilion, mas uma parte dele que há muito tempo ficou congelada e agora despertou para tomar seu lugar de direito". E pelo visto, conseguiu fazê-lo muito bem e 'What Would I Want? Sky' está lá para confirmar isso, "o que você poderia querer? O céu".
Para o Animal Collective, esse céu tanto pode ser um mar de geléia de morango ou um campo de girassóis como os de Van Gogh porque, de qualquer forma, eles já o atingiram.
Mix Tape #
Dezembro só no começo e ainda tem muito lançamento legal por vir. Fiquem ligados!
30 Seconds to Mars - This Is War (2009)
A Sunny Day In Glasgow - Ashes Grammar (2009)
Bell X1 - Blue Lights On The Runway (2009)
Trevor Tchir - Sky Locked Land (2009) EXCELLENT!!!
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Mix Tape #
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Julian Casablancas - Phrases for the Young (2009)
Julian Casablancas, frontman dos Strokes, lança seu primeiro disco solo em novembro, Phrases for the Young. O álbum foi gravado em Los Angeles, Nebraska e Nova York, cidade natal de Casablancas, com Jason Lader e Mike Mogis - integrante da banda indie Bright Eyes - na produção. O cantor foi bem econômico em sua estréia, o álbum é composta de apenas oito faixas, entre elas "11th Dimension", faixa embebida no synth pop oitentista e também o primeiro single.
Para seu primeiro voo solo, o vocalista dos Strokes disse ter procurado sonoridade distante à da banda que lhe deu fama. A ideia era associar "música moderna" ao "poder e seriedade da música mais velha", conforme revelou em entrevista no início de agosto.
(Rolling Stone)
Falar em Strokes sem Julian Casablancas é impossível. Falar de Julian Casablancas sem Strokes é falar em Phrases for the Young. Bom, não sei se é meio cedo para dizer isso, porém esse novo álbum é pouco barulho para muito marketing e falação. Sim, entre o último álbum do Strokes e o hiato de quase 4 anos é quase impossível não sentir falta daquele clima "super viagem" da banda e com certeza é de deixar qualquer fã como eu roendo as unhas a espera de algo novo.
Entre Julian Casablancas e seu álbum solo e um possível lançamento do difícil Strokes (Julian Casablancas revelou que existem desacordos fortes entre os Strokes sobre as músicas do novo álbum e ainda o fato de que a amizade entre os músicos pode estar sendo destruida), eu fico com a 2º opção, se é que haverá a possibilidade de um próximo álbum!
E apesar de todos os pesares, ainda há algumas exceções nesta bolacha solo, como por exemplo, a extremamente "viajante" 'Out of theBlue' que de longe é a minha favorita e a quase baladinha 'Ludlow St.'. Para fãs desesperados e somente isso.
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Phrases for the Young
Weezer - Raditude (2009)
Vazou o novo álbum do Weezer que tem previsão de lançamento para o dia 03 de Novembro próximo. Raditude teve produção de Jacknife Lee e Butch Walker e traz o Weezer ainda mais pop que o seu antecessor, o apelidado Red Album confirmando a tendência apontada pela banda em seus últimos trabalhos.
Curiosidade: O personagem da capa é o cão Sindney e trata-se de uma foto publicada na revista National Geographic por seu dono Jason Neely.
Weezer, para mim, se traduz apenas numa canção, Island In The Sun do The Green Album. Fora isso, não sou muito fã da banda e numa audição atenta deste novo álbum pude simpatizar com as adolescentes '(If You're Wondering If I Want You To) I Want You To' e 'I'm Your Daddy', mas nada que se compare ao impacto que Island In The Sun teve sobre mim e no geral é um álbum bom, daqueles que devemos ouvir sem qualquer compromisso ou exigência, apenas isso.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
The Mary Onettes - Islands (2009)
O The Mary Onettes é pouco conhecido no Brasil, infelizmente. Talvez por ter um nome um pouco complicado para a maioria, ou talvez por fazer um som não tão conhecido e apreciado por aqui - uma mistura de indie/dream pop -, essa banda tenha ficado restrita a uns poucos e devotos fãs a exemplo deste que vos fala.
Desde o debut homônimo (2007) desse quarteto sueco, que emplacou preciosíssimas canções como Pleasure Songs, Lost e Void, nunca mais encontrei nada que fosse tão bom quanto. Mas para o bem de todos, eles voltaram com esse fantástico segundo álbum, Islands. A melancolia e profundidade das canções continuam, mas não tão excessivamente como em seu debut e não menos admiráveis onde, numa primeira audição, já é possível constatar um genuíno amadurecimento instrumental.
Sem palavras... É como você fica depois de se deleitar com cada faixa de Islands. Tudo é meio ensolarado, o chão que você pisa torna-se algodão, tudo é sonho e desse sonho você deseja nunca mais acordar. Cada nota, cada letra e melodia são cativantes e desde então você pode vislumbrar o céu. Esta é a melhor descrição para este novo álbum. Mal a bolacha começa a tocar e logo de cara somos apresentados á 'Puzzles', primeiro single liberado pela Labrador Records antes do lançamento oficial. Começa com umas batidinhas lentas que depois, gradadativamete vão ganhando animação até chegar numa quase balada, bem adocicada.
A próxima faixa é a conhecida 'Dare', que juntamente com 'Kicks' e 'God Knows I Had Plans', foram lançadas em um EP ainda nesse ano. 'Once I Was Pretty' é uma típica composição do The Mary Onettes, e logo depois 'Cry For Love' começa meio obscura até receber um pouco de luz. A nostálgica 'The Disappearance of My Youth' refere-se ao fim da juventude de alguém e não deixa de soar aquela tristeza típica da banda. 'Symmetry' é a mais "agitada" do álbum juntamente com a não menos urgente 'Century'. Por fim, quando você pensa que já conhece a banda, é a vez da bela 'Whatever Saves Me' dar o ar da graça até o encontro com a melhor faixa do álbum, a literalmente divina 'Bricks', dona de um refrão matador.
É por essas e outras que o The Mary Onettes é uma das bandas que associam com perfeição o indie pop atual com, pelo menos, trinta anos de história musical. Uma colcha de retalhos bem tecida e que emociona como há muito tempo não se fazia. Um som que faz jus às melhores bandas do cenário musical da atualidade.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
A.A. Bondy - When The Devil's Loose (2009)
Engana-se quem pensa que uma capa pode dizer tudo ou quase tudo sobre um disco. Engana-se quem pensa que um disco pode ser pavoroso ou sórdido ou qualquer outra coisa ignóbil que se possa imaginar somente se observada a capa.
Pois foi assim que parece ter repercutido o lançamento do cantor/compositor A.A. Bondy, ou seja, parece ter passado despercebido pelo grande público e geralmente as pessoas sempre deixam passar batido o melhor da festa e nesse caso foi o que aconteceu de fato.
A capa deste excelente lançamento pode meter medo a princípio, afinal, não são todos os artistas que estampam uma fera medonha e dentuça em suas obras mas, acredite, por trás dessa primeira impressão assustadora, existem fabulosas canções e delicados arranjos.
Dono de uma sensibilidade á flor da pele, o compositor/cantor americano A.A. Bondy nos apresenta a 10 belíssimas faixas que por vezes podem parecer acústicas e remeter logo de cara ao folk e ao alt-country, interpretando belíssimas letras e embalando o coração melancólico dos amantes do gênero. Mas não precisa ser nenhum fã para reconhecer a grande contribuição que este álbum faz á música em geral e ninguém pode ser tão cego a ponto de não perceber isso.
Com certeza esse When The Devil's Loose está sendo um dos álbuns mais ouvidos por mim esse ano e com toda certeza, entrará sim para o meu Top 10 de melhores do ano, aguardem! Para mencionar as faixas em destaque, recomendo 'Mightiest Of Guns', a linda balada 'A Slow Parade', a lenta e reflexiva 'To The Morning', a quase pop 'I Can See The Pines Are Dancing' e por fim, essa que, na minha opnião, deveria ser o hino deste ano e que provavelmente já se tornou um hino para mim, a faixa título 'When The Devil's Loose'. Para descobrir JÁ!
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Echo & The Bunnymen - The Fountain (2009)
Há alguns anos, o Echo & The Bunnymen era motivo de chacota, por assim dizer. A grande maioria afirma que a banda vive de passado e não lança um disco de qualidade há anos. É, isso é em partes verdade, mas com "The Fountain" isso está sendo corrigido.
O novo disco de Ian McCulloch e seus comparsas vem em sua melhor forma, e logo abre com um clássico instantâneo, o single "I Think I Need It Too", faixa que pode ser considerada a melhor composta pela banda desde o mega-hit "Lips Like Sugar", sem exagero.
A partir dai é jogo ganho e o que vem a seguir não decepciona. São canções com o que de melhor há no (pop) rock inglês, sempre com aquela aura alternativa/goth que o Echo carrega consigo tão bem. Bons refrões, banda afiada, um disco agradavél de se ouvir de ponta a ponta.
Depois deste, dificilmente alguém vai poder falar sobre a capacidade do conjunto de ainda soar relevante. Uma verdadeira aula de música, de pequenos hinos pop, de hits em potencial. Músicas para aprender e cantar. Bem vindos de volta, Echo and The Bunnymen!
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Mix Tape #
Para baixar é só clicar na foto de cada álbum. Excelente diversão sonora!
The Jaguar Club - An We Wake Up Slowly (2009) EXCELLENT!!!
Lightning Dust - Infinite Light (2009)
Absent Elk - Caught In The Headlights (2009)
Hatifnats - Before It Is Too Late (2009) Lembra Siouxsie and the Banshees. Good!!!
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Nota de Protesto #
Vejam bem: artista do ano Fresno? Hit do ano NX0? Pitty? Seu Jorge com aquela ridícula e repetitiva música chamada ridiculamente de Burguesinha?
Realmente, é muito, muito decepcionante saber que o Brasil ainda, se tratando de música, é um país pouco esclarecido que se baseia apenas em música de massa e não privilegia os verdadeiros e bons artistas que merecem tais prêmios!
Nando Reis, esse grande compositor/cantor ficou em 5º lugar no Melhor artista do ano? Cachorro Grande ficou em 8ª colocação no Melhor videoclipe do ano? Preferiram Cine á Little Joy? BAHHH, marmelada, viu? Na Aposta MTV o Vivendo do Ócio ficou em último lugar? Bom realmente, a MTV brasileira ainda tem um longo caminho a ser percorrido para ter alguma noção quanto às premiações que distribui, essa é a verdade. Mas o pior de tudo, realmente, foram as colocações para Artista Internacional. Bom, o 1º lugar merecidíssimo do Artic Monkeys, claro! Mas depois vem Beyoncé, Black Eyed Peas e Britney Spears? Que corja é essa? Que marmelada é essa? Estão doidos?
E que história é essa de Franz Ferdinand e Kings of Leon estarem nas colocações em que estão, sendo que deveriam ser os primeiros da lista? Isso não está certo e eis aqui o motivo principal por essa Nota de Protesto. Espero que todos reflitam bem e que possamos lamentar juntos por todas essas injustiças feitas aos grandes talentos da música, a quem realmente merece brilhar nos palcos mas que tem seu brilho ofuscado por outros tantos, que na falta de talento, apostam na alienação.
Porém, quem é fã sabe que suas bandas preferidas, essas sim serão as melhores sempre sem precisar sair em premiações fajutas e sem nenhum critério de avaliação, digo isso pois, para uma banda como NX0 despontar em tantas categorias, realmente critérios de avaliação devem passar longe do VMB. Abraço a todos!
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Mumford & Sons - Sigh No More (2009)
É notável a influência que o country/western/folk vem exercendo sobre inúmeras bandas, grupos e cantores na atualidade.
Passando por Among the Oak & Ash, Ben Kweller, Fleet Foxes, Monsters of Folk indo até Neil Young, Phosphorescent e The Boy Least Likely To (isso só para citar algumas!), o que se percebe é que, cada vez, mais os gêneros se popularizam ganhando o gosto daqueles que se baseiam apenas no rótulo "indie", mal sabendo que esse mesmo "indie" está se misturando a outras influências e tornando estas mais acessíveis.
E é exatamente assim, nessa "miscigenação" de tons, formas e vibrações, que o Mumford & Sons chega até nós em seu debut Sigh No More, revelando uma bolacha saborosíssima ora indie, ora alt/country ora folk com aquele banjo sempre dando as caras, característica marcante do estilo.
Um pouco mais sobre a banda; o Mumford & Sons vem de Londres representado pelos vocais de Marcus Mumford (taí o porquê do estranho nome da banda) e frequentemente aparece em concertos de grandes nomes como Laura Marling e Noah And The Whale, esta última, ao que tudo indica, parece influenciar bastante a sonoridade do Mumford & Sons. Antes de seu debut, a banda já havia lançado três EP's sendo que um deles, o The Cave and the Open Sea, saiu recentemente.
Bom, quanto aos destaques podemos citar o 1º single, a faixa 'Little Lion Man', cujo vídeo você confere AQUI, um vídeo bem legal, diga-se de passagem, bem ao estilo caipira de ser (HAHA). 'Sigh No More' foi uma ótima escolha para a abertura do álbum, começa lenta, preguiçosa e aos poucos vai ganhando velocidade até atingir o ritmo e te colocar no mesmo pique das canções que virão. 'Winter Winds' é uma bela canção quase-baladinha a que se deve alguma atenção, principalmente pelo refrão. Em 'Dustbowl Dance' rola um jazz e até uma quebradeira no final e vale também destacar a animação de 'Awake My Soul', uma canção para literalmente acordar a alma.
Com certeza, o Mumford & Sons é uma daquelas bandas legais de se ouvir iguais a todas as outras do mesmo estilo, mas ao contrário de cair na mesmice e simplesmente copiar algo pre-estabelecido, a banda vai adiante e consegue ser uma ótima distração para aqueles como eu, ávidos por presentear os ouvidos com bons lançamentos. Vale a pena conferir!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Editors - In This Light And On This Evening (2009)
Para começar, eu e todos os fãs do Editors estávamos ansiosos e arrancando os cabelos pelo vazamento (lançamento) de sua nova bolacha, In This Light And On This Evening. Esta, contendo 9 faixas, já tem o single 'Papillon' circulando por aí num vídeo muito legal, tirando aquele final em que o corredor olha para a câmera e desaparece num passe de mágica (tosco, tosco, tosco. HUNF!).
Para quem já leu a resenha da banda Black Poets AQUI, com certeza me poupará meio caminho de explicações quanto ao surgimento do post punk e das crias da lendária banda Joy Division (que eu já devo ter citado aqui milhões de vezes!). E é realmente esse o caminho pelo qual o Editors se enveredou em busca de uma nova já conhecida proposta para esse novo álbum, a veia post punk inserida num synthpop /new wave, tudo assim meio misturado, tudo assim de primeira vista meio anos 80.
Quem já ouviu 'Papillon' deve ter ficado contagiado pela sua pegadinha até dançante cantada num vocal poderoso, mas não se engane, nas outras 8 faixas o que se percebe são composições excêntricas num clima arrastado e soturno.
Outra coisa a se perceber foi a retirada do 'peso' das guitarras nesse álbum em relação aos outros e a inserção de sintetizadores, pois se não fosse assim, provavelmente o terceiro álbum desses britânicos seguiria o mesmo caminho dos demais, sendo um tanto mais entediante e pouco inovador. Porém, não foi o que aconteceu. O que se pode notar em In This Light And On This Evening é um amadurecimento para a banda.
Juro que procurei desesperadamente uma faixa que se parecesse ou lembrasse a minha música favorita deles, a mesma que dá nome ao segundo álbum: 'An End Has A Start', e não encontrei. Eles não conseguiriam repetir essa música tão linda e contagiante.
Só para citar algumas músicas, destaco a bela e melancólica 'Walk The Fleet Road', destaque também para a conhecida 'Papillon' que eu considero muito quente e sexy, boa pedida para uma noite caliente (HAHA). Outras faixas com potencial são 'In This Light And On This Evening' que serviria muito bem numa rave obscura e por fim, 'You Don't Know Love' tem toda aquela pegada e tem tudo (ou quase tudo) para ser um single.
É evidente que nesse novo trabalho do Editors, o prório se funde ao Joy Division, passando aquela impressão, por vezes enganadora, de que o post punk revival apenas se alimenta de influências do passado, deixando de dar ouvidos á sua própria época. Se essa influência é de mais ou de menos e se nesse novo trabalho o que predomina é mais Editors ou mais Joy Division ou se há um equilíbrio entre as partes, é uma reposta que eu deixo a cargo de vocês, estimados leitores, ouvir o álbum e responder.
She Wants Revenge - Up and Down EP (2009)
É sempre uma fascinante e maravilhosa experiência ouvir She Wants Revenge, a banda dos meus sonhos, meu eterno amor platônico, minha musa inspiradora de pensamentos obscuros em madrugadas trêmulas e frias!
Meu amor por essa banda representada pela protagonista (ou antagonista) que, sedenta por sangue busca vingança e que parece sempre estar á espreita para atacar seus mentores; Justin Warfield (vocais, guitarra e sintetizadores) e Adam Bravin (baixo, sintetizadores, guitarra, bateria, percussão e vocais) vem de tempos atrás.
O SWR, como já foi dito acima, é um duo oriundo da Califórnia responsável por um dos sons mais legais e híbridos da atualidade que baseia a maioria de suas composições em darkwaves com um pé no post punk e o que mais você julgar cabível, já que são introduzidos ao longo dos álbuns vários efeitos e ambientações diferentes.
As influências vão desde Joy Division passando por Depeche Mode, The Cure e Bauhaus.
Up and Down, 5º EP desse duo, não se parece tanto com as PERFEITAS composições anteriores, que foram calcadas numa base sombria e dançante. Agora, ao que parece, as faixas revelam um flerte com algo da black music (seria o anúncio do fim da era das trevas para o SWR?), o que é compreensível visto que Justin Warfield toca hip hop e teve de deixar de lado, pelo menos em partes, esse estilo para integrar o SWR. Seja como for, eu me apego fácil ás bandas que gosto e nem quero pensar numa tragédia como essa! Dark (no sentido maligno da palavra) é o que o SWR deve continuar sendo.
A parte dançante do EP é bem evidente em todas as faixas exceto em 'Love Me', que é quase um epitáfio musical a alguém executada entre alguns soluços e um ritmo arrastado levado por piano. Seja como for, não abandonarei essa banda que já tem meu coração na mão e só espero que eles não me magoem tanto se tornando mais rappers do que heróis da música.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
The Decemberists - The Hazards of Love (2009)
O fim do ano se aproxima, o tempo transcorre muito rápido e logo aqui no Life is A Song divulgarei meu Top 10 de melhores álbuns do ano. Claro que já tenho minhas bandas favoritas. Uma delas é o The Decemberists, uma banda estadunidense da cidade de Portland, Oregon.
Embora os Decemberists sejam geralmente classificados como indie pop, eles percorrem estilos musicais tão variados como rock progressivo e folk, utilizando instrumentos peculiares como o xilofone, o acordeão e o contrabaixo acústico. Suas letras fogem da angústia e introspecção do rock atual, contando histórias sobre personagens fantásticos e melancólicos como piratas, órfãos, prostitutas e limpadores de chaminé com o riquíssimo vocabulário do vocalista/compositor Colin Meloy.
Sim, é uma banda fantástica de fato e que conheci há um bom tempo atrás através de uma resenha mágica do blog Indie Nation. Nessa resenha, foi utilizada a expressão exata para a definição do que acontece quando você passa a conhecer a banda, quando o "culto começa", quando toda a predileção ganha forma e você se torna mero devoto de letras sensíveis e muito, mais muito orquestradas e trabalhadas. Abaixo, veja um exemplo da maravilhosa utilização do inglês e a difícil colocação e rima que Colin Meloy dá a suas letras:
The Hazards of Love 4 (The Drowned)
Coisa que sempre faço em meus posts é citar destaques das melhores múiscas de um álbum. Mas, tratando-se de The Decemberists, isso se torna meio complicado porque todos seus álbuns são conceituais, contam uma história. Geralmente passagens históricas floreadas por acontecimentos cabulosos, o real no fictício e assim, como os outros maravilhosos e excelentes álbuns, com o The Hazard Of Love não poderia ser diferente.
Então é mais do que recomendado fazer a audição do álbum como um todo, se possível, ter as letras na mão e acompanhar o desenvolvimento das canções, que tratam de abduções, seres alienígenas que se misturam aos humanos e muita, muita matança. Fato bizarro que já virou até notícia, pois a banda é uma, se não a que mais mata pessoas em suas músicas! ( só não me lembro onde li isso, rs). Taí, se não tiver gostado da proposta, ouça assim mesmo e faça parte desse "culto".
Nota
Devido ao grande número de pedidos, estarei disponibilizando os links para download dos próximos posts que saírem aqui no blog. Os links serão colocados nos comentários e após expirarem não serão repostos. Aguardem!
domingo, 20 de setembro de 2009
Sufjan Stevens - The BQE (2009)
Conheci Sufjan Stevens através de uma música chamada To Be Alone With You, que encontrei nos soundtracks de The O.C. Foi aquele amor à primeira vista!
Pesquisei mais sobre o cantor e pensei quando finalmente vi uma foto sua; "que homem lindo!" HAHA, elogios á parte, fiz mais que isso, baixei sua discografia e, numa audição, descobri que não havia nenhuma outra canção semelhante á To Be Alone With You e sim um monte de musiquinhas orquestradas e até..."exóticas", de certa forma.
E agora, com esse novo trabalho, The BQE, creio que minhas frustrações a respeito de Stevens só aumentaram. Daí me pergunto; porque será que, alguém com uma voz tão linda e uma criatividade fantástica lança algo tão instrumental assim? Pelo que pude constatar, em todas as 13 faixas do álbum, o que se pode ouvir é apenas orquestração. Em nenhum momento se faz ouvir a voz transcendental do cantor, o que é uma pena também pela sensação de tempo perdido pela tão ansiosa espera por um novo trabalho. E agora, dando continuidade a essa carta de desabafo, eu ainda me pergunto o quê Sufjan Stevens tinha na cabeça ao executar esse novo álbum? Será que ele estava com preguiça de cantar e resolveu encher um disco todo com esses sons chatos de música instrumental? Pois confesso que uma das coisas que não me agradam na música, além de vocais femininos (com exceções, claro) é justamente a música instrumental. Não sei se é porquê sinto um imenso tédio e vazio em ter que ficar ouvindo, digamos, uma "música em branco" sem uma voz para preenchê-la ou se é porquê já fui um fã devotado do gênero e enjoei, mas realmente, o Sr. Stevens me decepcionou... e muito!
Quanto á capa do álbum, a começar pelas letras, digníssimo trabalho de uma criança de 3ª série e seus rabiscos quase indecifráveis (é o que parece) passando para a imagem, que não sei se acho muito cafona e sem graça ou se transpira algo de moderno até, mas o que importa é que nem na imagem de apresentação o álbum conseguiu fixar minha atenção. Indo diretamente ás músicas, eu diria que de jeito nenhum é um trabalho de Sufjan Stevens e sim algum projeto do cantor e compositor Danny Elfman, que eu admiro bastante justamente por ser Danny Elfman! Sim, a semelhança é gigantesca! E numa análise aos nomes das canções, tudo indica ser um álbum conceitual, talvez a descrição de uma jornada, por que não?
Só para citar algumas, eu diria que 'Introductory Fanfare For The Hooper Heroes' e ' Movement V- Self-Organizing Emergent Patterns' poderiam muito bem dar início á qualquer animação da Disney daquelas tipo A Bug's Life ou Toy Story. ' Interlude I- Dream Sequence In Subi Circumnavigation', por exemplo, é digna da trilha sonora de algum filme obscuro de Tim Burton (que eu amo tanto!) e se encaixaria perfeitamente em seu mais recente trabalho, Alice in Wonderland e, só para citar mais uma; 'Movement IV- Traffic Shock' poderia ser chamada de dançante? até que um remix dela para uma pista de dança não seria de todo ruim.
Conclusão: se você é daqueles apaixonados por música instrumental com todas aquelas orquestrações e sonzinhos típicos, o The BQE será um prato cheio. E sim, é um bom álbum, beira a perfeição até, mas dentro daquilo a que se propõe a fazer. No mais, Sufjan Stevens para mim, será sempre o homem de uma música só e, podem apostar, não passará disso.
Pesquisei mais sobre o cantor e pensei quando finalmente vi uma foto sua; "que homem lindo!" HAHA, elogios á parte, fiz mais que isso, baixei sua discografia e, numa audição, descobri que não havia nenhuma outra canção semelhante á To Be Alone With You e sim um monte de musiquinhas orquestradas e até..."exóticas", de certa forma.
E agora, com esse novo trabalho, The BQE, creio que minhas frustrações a respeito de Stevens só aumentaram. Daí me pergunto; porque será que, alguém com uma voz tão linda e uma criatividade fantástica lança algo tão instrumental assim? Pelo que pude constatar, em todas as 13 faixas do álbum, o que se pode ouvir é apenas orquestração. Em nenhum momento se faz ouvir a voz transcendental do cantor, o que é uma pena também pela sensação de tempo perdido pela tão ansiosa espera por um novo trabalho. E agora, dando continuidade a essa carta de desabafo, eu ainda me pergunto o quê Sufjan Stevens tinha na cabeça ao executar esse novo álbum? Será que ele estava com preguiça de cantar e resolveu encher um disco todo com esses sons chatos de música instrumental? Pois confesso que uma das coisas que não me agradam na música, além de vocais femininos (com exceções, claro) é justamente a música instrumental. Não sei se é porquê sinto um imenso tédio e vazio em ter que ficar ouvindo, digamos, uma "música em branco" sem uma voz para preenchê-la ou se é porquê já fui um fã devotado do gênero e enjoei, mas realmente, o Sr. Stevens me decepcionou... e muito!
Quanto á capa do álbum, a começar pelas letras, digníssimo trabalho de uma criança de 3ª série e seus rabiscos quase indecifráveis (é o que parece) passando para a imagem, que não sei se acho muito cafona e sem graça ou se transpira algo de moderno até, mas o que importa é que nem na imagem de apresentação o álbum conseguiu fixar minha atenção. Indo diretamente ás músicas, eu diria que de jeito nenhum é um trabalho de Sufjan Stevens e sim algum projeto do cantor e compositor Danny Elfman, que eu admiro bastante justamente por ser Danny Elfman! Sim, a semelhança é gigantesca! E numa análise aos nomes das canções, tudo indica ser um álbum conceitual, talvez a descrição de uma jornada, por que não?
Só para citar algumas, eu diria que 'Introductory Fanfare For The Hooper Heroes' e ' Movement V- Self-Organizing Emergent Patterns' poderiam muito bem dar início á qualquer animação da Disney daquelas tipo A Bug's Life ou Toy Story. ' Interlude I- Dream Sequence In Subi Circumnavigation', por exemplo, é digna da trilha sonora de algum filme obscuro de Tim Burton (que eu amo tanto!) e se encaixaria perfeitamente em seu mais recente trabalho, Alice in Wonderland e, só para citar mais uma; 'Movement IV- Traffic Shock' poderia ser chamada de dançante? até que um remix dela para uma pista de dança não seria de todo ruim.
Conclusão: se você é daqueles apaixonados por música instrumental com todas aquelas orquestrações e sonzinhos típicos, o The BQE será um prato cheio. E sim, é um bom álbum, beira a perfeição até, mas dentro daquilo a que se propõe a fazer. No mais, Sufjan Stevens para mim, será sempre o homem de uma música só e, podem apostar, não passará disso.
Moke - The Long & Dangerous Sea (2009)
Simplesmente eu vi aquela capa num blog por aí. Aquela capa!
Dizem que a primeira impressão é a que fica e no meu caso é a mais pura verdade. Se o nome da banda soa legal aos meus ouvidos ou se a foto do álbum cai bem aos meus olhos, lá estou eu baixando o disco, sem nem me importar qual o gênero ou procedência daquele material (claro que não vou baixar um disco de rap, pagode ou hip hop, né? não me levem tão a sério, por favor!).
Entre acertos e decepções eu vou descobrindo
novos sons e sensações. E descobri o Moke.
Vindos de Amsterdam e tendo fundado a banda em 2005, essa banda de rock alternativo que eu nunca tinha ouvido falar até então me agradou e muito já na primeira audição e me deixou uma boa impressão a respeito de seu segundo trabalho, The Long & Dangerous Sea. Apesar de não trazer nenhuma inovação ou causar alguma revolução na música, o Moke mostra que sua existência nem de longe pode ser chamada de vã.
É algo parecido com muitas outras bandas por aí mas com um destaque, eles fazem o que fazem com sinceridade e verdade, maestria nas composições, letras melancólicas até e nem de longe é algo a ser desprezado.
Com relação ás faixas, poderia citar a faixa que dá nome ao álbum, que na minha opinião tem um comecinho meio épico, mas não se engane, está mais para um britpop muito bem feito. 'Switch' é o primeiro single do álbum, é contagiante logo de cara e tem uma abertura meio oitentista e uma batida arrastada contida num refrão agressivo na medida do possível, muito recomendada! ' Love My Life' tem um lindo refrão e um ritmo bonito na mesma medida e a faixa de encerramento, 'Lament', transmite certa melancolia e deixa o ouvinte numa situação difícil, já que provavelmente a essa altura, já o terá cativado e o deixado com água na boca, pedindo por mais.
Moke, taí uma excelente dica para baixar sem medo der ser feliz!
sábado, 12 de setembro de 2009
Mystery Jets - Twenty One (2008)
Os Mystery Jets não fazem música, eles fazem perfeição disfarçada de música!
Twenty One, o último álbum deles a ser lançado em 2008, é uma dádiva e um conforto aos meus ouvidos tão depredados pelas músicas radiofônicas do dia a dia. Nunca, em toda minha vida me empolguei com um material de tamanha plenitude e grandiosidade quanto esse, talvez principal motivo pelo qual eu esteja aqui compartilhando-o com vocês agora. O tempo passou, bandas chegaram e partiram numa velocidade tal qual que ilusão de óptica e mesmo assim, aqui estou, me deleitando nessas faixas já tão por mim ouvidas.
Tendo começado a carreira por chamar a atenção da mídia pela formação fora do comum - que incluía pai cinquentão e filho adolescente na mesma banda - o Mystery Jets faz um brit pop / rock bem feito com alguns elementos dos anos 80. Twenty One é o sucessor de Making Dens, esse último, em minha opinião, é um álbum fraco e chato de se ouvir, de verdade! Talvez pelo fato de ser uma estréia na qual a banda ainda firmava sua personalidade. Claro, nada vem pronto!
E dentre as preciosidades deste álbum, indico a perfeita e contemplativa ' Flakes', a maravilhosa 'Veiled In Grey', 'Behind The Bunhouse' (a faixa que me faz chorar de alegria por essa banda ter nascido) e a melancólica 'Twenty One'. Por esses e outros motivos é que me orgulho de dizer que dentre todas as bandas inglesas que nos apresentaram o indie/ brit pop, o Mystery Jets é o maior destaque.
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